sábado, 28 de novembro de 2009

26/setembro/2009

Hoje, sábado à tarde, aconteceu mais um encontro do GEPPAN. +1, não!
Aconteceu um NOVO encontro, pois cada encontro é único, só os que participam sabem da importância destas horas de estudo e reflexão sobre alguns textos, acontecimentos do nosso dia a dia e do FALE.
Hoje o registro terá o meu ponto de vista...
Carmem chegou cedo e estava preocupada com os equipamentos para registro do nosso encontro, instalação da filmadora, do data show, do lap top e do som... Precisamos nos organizar melhor, pois se tudo ficar por conta dela ou começamos tarde ou ela fica sem almoçar, pois a cada termino do FALE ela precisa dar atenção as pessoas e sempre sai mais tarde. Como nos organizar?
Iniciamos o encontro com a visita ao nosso blog... agora com os filmes. Parabéns a todos que estão se empenhando em trazer sempre novidades com qualidade ao nosso blog. Participe você também!
Algumas pessoas do grupo estão sentido falta de um elemento que faça as lembranças dos combinados por e-mail, assim os que não vieram e os esquecidos poderão ser lembrados para o próximo encontro. Acho que Aline ficou de fazer um grupo com o e-mail dos participantes... Quem ficará com este papel?
Banquete de livros... Que delícia! É hora de oferecer aos outros os livros que de alguma forma foram importantes para você. A proposta é que se traga um ou mais livros para fazer parte desta troca.
Carmem sinaliza a importância dos cadernos de campo. A partir do próximo encontro cada um trará seu caderno para ser socializado pelo grupo numa leitura solidária, onde será sinalizado o que acharmos necessário para deixar o texto mais claro para o leitor e assim que estiver pronto poderemos publicá-los para conhecimento da prática do professor alfabetizador, no blog.
Angela trará seu texto que fala da experiência que registrou sobre seus alunos da turma do Se liga, onde um aluno consegue correlacionar o cordel com o funk e só após a fala do aluno e uma pesquisa na internet ela descobre que o funk é considerado cordel urbano.
Conversando sobre a apresentação da Profª Carla Bronzeado no FALE surgiu a dúvida que nos foi esclarecida pelos universitários Aline e Tiago. Qual a diferença de POESIA e POEMA? De acordo com os esclarecimentos poema é uma composição poética, um texto literário escrito em versos ou não, já a poesia seria o gênero literário, arte própria de um poeta. Mas o dicionário ainda nos diz que poesia no sentido figurado é o que emociona, toca a sensibilidade.
Refletindo podemos dizer que o professor precisa se questionar e pesquisar sempre que tiver dúvidas, pois como vamos ensinar o que não aprendemos?
Trabalhando o texto da Maria Tereza Esteban “Diferença na sala de aula: desafios e possibilidades para a aprendizagem” pensamos que não é opção individual é na verdade um desafio trabalhar com as diferenças em sala de aula.
Denise fala do desafio de estar com as crianças no projeto Se liga e conseguir traçar uma trajetória, pois nesta turma eles são avessos a escrita.
“... o desafio que se oculta é o de trabalhar com os diferentes sujeitos, incorporando suas diferenças sem promover a desigualdade.” pág. 76
O lúdico foi o caminho encontrado por ela e as regras dos jogos uma possibilidade de escrita. Se faz necessário legitimar sempre o texto das crianças.
Expor a leitura e a escrita é expor o não saber... O aluno se sente oprimido... Escrever dá muito trabalho...
Só escrevemos quando damos sentido a este ato e a criança se dedica quando encontra sentido na escola. É necessário seduzir as crianças para a aprendizagem.
Estabelecer outra relação com a professora é necessário... o toque, o carinho e o diálogo. Novas relações fundadas no amor e com emoção possibilitarão a aprendizagem. Resgatando do sofrimento, da dor... o amor.
Os nossos encontros no GEPPAN são usados para refletirmos a prática... falar o que nos acontece, o que sentimos e como se dá as relações com nossos alunos, pois algumas de nós não encontram este espaço na escola e sentem-se sozinhas, Margarida comenta que seria mais fácil se tivéssemos aldeias nas escolas.
O conhecimento pode e deve ser construído em rede de forma transdisciplinar e se faz necessário divulgar esta prática.
A Ciência pode e deve ser usada como mola propulsora dos conhecimentos de leitura e escrita aproveitando os questionamentos dos alunos feitos em sala.
Devemos estar atentos, pois na maioria das vezes convidamos os alunos a participar dos projetos sem deixar que eles dêem dicas do que vai ser trabalhado. A partir da curiosidade do aluno as áreas não se separam tudo pode e deve ser trabalhado.
Numa colocação sobre a origem do trabalho com texto na alfabetização Carmem cita Celéstian Freinet que desde 1930 trabalha com textos, pois a educação era ligada ao trabalho com disciplina e esforço. O estudo era feito através do Jornal, com a imprensa na escola, a confecção do Livro da vida, a correspondência inter ou intra escolar e a aula-passeio dentre algumas técnicas utilizadas por ele. Na verdade o texto era o registro da vida dos alunos. A vida e a escola sem separação.
Num outro momento foi citada a dificuldade de aprendizagem dos alunos e fomos conduzidas a refletir sobre o que falamos, pois mesmo com as leituras e estudos percebemos que algumas definições estão enraizadas, precisamos ler mais para produzir uma fala consciente, com clareza do que pensamos e com um discurso mais rico poderemos defender nossa prática e os pensamentos a respeito.
Para o próximo encontro Carmem ficou de socializar pelo e-mail dois textos, em português e em espanhol do Daniel Suarez, no livro La investigacion educativa, da Ed. Neveduc e propôs a leitura um pouco mais profunda sobre diferença e diversidade no texto da Esteban.
O tempo é curto e já encerramos o encontro com a escolha de um livro do Banquete de livros que após passar a tarde em exposição foi apresentado pelo seu dono com o objetivo de seduzir para sua leitura. O livro vai ser lido durante este mês. Leitura com prazer já que não haverá fichamento...
Faltou alguma coisa?
Só quem viveu sabe...
Mas com certeza retratei muitos dos acontecimentos desta tarde... Até o próximo!
Por Ana Maria Pinto

Um comentário:

Anônimo disse...

Ana Maria este relato está lindíssimo alem de realmente completo.
Parabéns
Gisele