quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Relato do encontro do GEPPAN - 08/10/2011

Relato sobre o último encontro do GEPPAN
(Tiago Ribeiro)


Boa tarde, pessoal! Fiquei imbuído de fazer o relato do último encontro do GEPPAN, do dia 08 de outubro de 2011. Pensei bastante acerca do que escrever: todo texto é uma miríade de escolhas que, porque feitas, escondem muitas outras possibilidades, muitas experiências não ditas para que outras possam ser compartilhadas. E assim deslizei, até aqui chegar, sempre provisoriamente.
Em um primeiro ímpeto, não poderia deixar de falar do cenário: Instituto Superior de Educação, sala do GEFEL, gorjeio de pássaros do lado de fora da sala, num bonito pátio com árvores. As folhas verdes das árvores a sacudir sob um céu azul e ensolarado. No interior da sala, um coletivo de pessoas movimentado pelo desejo de compartilhar experiências, tecer narrativas coletivas, recontar histórias do miúdo da sala de aula, refutando a propalada história única, que coloca a escola pública como instituição falida e unicamente negativa.
Pensei, também, em falar sobre o dito, como Carmen abriu o encontro e como nós, professoras e estudantes, fomos entrando, um a um, na teia discursiva e enriquecendo o diálogo, com nossas opiniões e sentimentos sobre o encontro do FALE ocorrido pela manhã, sobre os cotidianos vividos nas escolas, ou mesmo sobre os textos lidos. Mas, de um encontro do GEPPAN, hoje não pode nascer nada em mim senão poesia. Poesia que vibra nos interstícios do dito e do não dito, nas profundas palavras do que ficara nas entrelinhas, mas também em nós. Nasce poesia porque ela é “a infância da língua”, como diria Manoel de Barros; porque ela é a potência da loucura em dizer tudo mesmo não dizendo nada. E aquele encontro incita isso: dizer sem dizer, porque é da ordem do tempo aión, como diria Walter Kohan, da ordem do tempo-intensidade que permanece vivo e produtivo em nós, por isso potência para novasvelhas ações. E então, o poema:

No encontrar, descobrir...
miríadas de palavras não ditas, incontáveis gestos interrompidos, movimentos silenciados...
No falar, emergir...
Imensuráveis possibilidades de refeitura, caminhos por se redesenhar, modos a se reaprender...

Diálogo: amálgama de vozes entrelaçadas a pronunciar o múltiplo.
Coletivo: unimultiplicidade a irromper em diferenças inexatamente iguais.
Somos um porque somos muitos no um – e por isso jamais solitários.
Somos caleidoscópios porque produzimos múltiplas imagens, sem que sejamos uma somente.
Somos complexidade. Movimento. Aprendizagem...
Desaprender para (re)aprender muitas coisas.
Desfocar para melhor olhar tantas outras.
Como temos nos visto? Visto as crianças, os outros?
Visto ou enxergado?
Ouvido ou escutado?

Somos mais sendo múltiplos porque, ao ganhar, perdemos muitas coisas.
E tudo o que porventura percamos é já ganho para nós mesmos:
“Tudo o que de mim se perde acrescenta-se ao que sou”- diria o poeta.
E tudo o que em mim se acrescenta me faz novo eu, diríamos no grupo...

Que mais?
Vozes que vibram polifônicas dentro de cada um.
Silêncios ensurdecedores na dúvida e no medo que são movimentos.
Mas mover-se é preciso, meio a táticas e deslizamentos,
Porque, ao seguir, produziremos sempre outros significados que não os já conhecidos.
E, no fim, diante da impossibilidade do silenciamento, resta isso:
FALE...

(Tiago Ribeiro)

sábado, 11 de junho de 2011

Registros de nossos encontros de abril e junho


Queridos, segue abaixo o registro produzido por Denise Tardan, no nosso encontro de 2 de abril. Denise estava aflita enquanto a discussão "ebulia" no grupo, e começou a escrever rapidamente um rascunho de seus pensamentos.

"É preciso saber lidar com o tempo da escola. Estava com a ideia de que a barganha, palavra horrível que não contempla o que quero dizer, só se dava, através de projetos, que teoricamente, proporcionavam momentos interessantes e que as crianças que não cumprem com os combinados perdem o direito de estar com o grupo nos momentos prazerosos. A discussão de hoje me fez relembrar coisas que vão além dessa ideia inicial e que já praticava com a turma emblemática do CIEP. Tem muitas coisas que dão prazer. Ex: brinquei de adoleta com a turma atual e foi muito divertido. Sergio, aluno que é um desafio, adorou brincar! Penso que nesse início, preciso oferecer momentos legais para que, depois que se apaixonem, possam pensar que não é bom perder o direito de participar. O que deixei escapar em minha memória é que a aula é uma acontecimento, todos os momentos devem ser interessantes e importantes. Acredito que o que faltou nesta turma atual foi pensar que tive poucos encontros com eles. Agora percebo que, planejando aulas para acontecerem, as relações vão se construindo. É uma questão de tempo!" (Denise Tardan)






Laís Curvello, no dia 11 de junho, fez o seunosso registro, a partir das discussões acerca do texto de Dora e Saúl, que versava sobre diálogos, certezas e interrogações.


"Todo ser humano busca o equilíbrio. Cada certeza que temos de nossa própria prática é um momento de equilíbrio, a cada nova incerteza nos desesquilibramos, para novamente nos equilibrar naquela certeza que acabamos de adquirir. Toda certeza está associada ao desejo que temos de controlar nossas ações, nossos alunos. Quando um acontecimento tira o controle que temos da situação em que estamos, entramos num processo de incerteza. Se continuamos presos ao nossas certezas, não caminhamos, pois as incertezas, o desequilíbrio são que movem nossas ações, que geram em nós interrogaçõs saudáveis às nossas práticas" (Laís Curvello)



Um abraço a todos.
Continuemos nossos diálogos!

Igor Helal

domingo, 5 de setembro de 2010

FALA OUTRA ESCOLA

Olá pessoal,as inscrições dos resumos para o FALA OUTRA ESCOLA foram estendidas até 30/09.
Não percam!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Encontro GEPPAN em agosto

Boa noite, pessoal!!!
Carmen gostaria de saber da possibilidade de nos encontrarmos no dia 28/08, à tarde.
Tod@s vocês podem?

Grande abraço!
Aguardamos notícias...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Adiamento do XXIV FALE UNIRIO

Boa noite!

Informamos a tod@s que o próximo FALE, que ocorreira em 21 de agosto de 2010, foi adiado para o dia 25 de setembro.
Acrescentamos, ainda, que o encontro contará com a presença das professoras Edwiges Zaccur (UFF) e Margarida Costa (Cap/ISERJ e Cap/UERJ), discutindo o tema Alfabetização: "pistas quentes e pistas frias" no processo de ensino e aprendizagem da linguagem escrita.
Não percam. É só chegar e participar!!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Próximo encontro

Boa noite, pessoal!!!
Venho lembrar que nosso encontro está confirmadíssimo, para este sábado, dia 17/07, na UNIRIO!
Um abraço e ate lá!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Grande debate sobre alfabetização!


Querid@s,

acontece, no próximo dia 1º, um grande debate no Fórum de Ciência e Cultura.
Métodos de alfabetização: uma escolha do professor?

Mais informações no cartaz!

Vamos se articular e tentar ir.

Um abraço!

Igor H.